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Projetos de curadoria

Desde 1999, temos realizado projetos de curadoria e encontros que transitam por diferentes linguagens e compartilham com os parceiros pesquisadores-artistas o exercício de criar junto. 
 

Abaixo alguns cartazes que reúnem eventos que aconteceram entre 1999 e 2009 no espaço cultural da Fundação Japão em São Paulo, como as séries YÅ«gen e Leituras do Corpo Japonês, organizadas com o então diretor de assuntos culturais da FJ, Jo Takahashi. E as exposições criadas em parceria com Ricardo Muniz Fernandes e Hideki Matsuka, realizadas em diversas unidades do SESC: Tokyogaqui em 2008, Revolta da Carne em 2009, Corpos de Imagens: Hosoe Eikoh em 2010; e Corpo Antípoda em 2017. No Ateliê de Ana Amelia Genioli, Fleeting Moment apresentou fotografias de Dan Omaki e performances de Leticia Sekito e Isis Akaji.


O filme de Hideki Matsuka foi realizado em 2020, na Galeria Lume em São Paulo, para documentar em uma visada rápida, a exposição Serenos e Ofegantes, de Gal Oppido, onde foi lançado o nosso livro Intoxicações Poéticas da Carne em torno das conexões com obras eróticas de shunga e os escritos e as imagens de Yukio Mishima (ver livros).

Bloomsday 1989
Yuguen com Haroldo de Campos e Koellreut
Expo Fleeting Moment com Dan Omaki
Encontro Kuriyama
Leituras do Corpo
Projeto Yuguen
Tokyogaqui
Jun vs Jum
Revolta da Carne
Projeto Yuguen
Vestígios Butô
JapaoBrasileiro_edited  christine greiner japanese bug
 christine greiner japanese bug
Revolta da Carne  christine greiner japanese bug

Cursos na Fundação Japão

Entre 2005 e 2007, fui convidada por Jo Takahashi para oferecer cursos livres na FJ. Na época eu já era professora na PUC-SP há quase uma década e estava acostumada a oferecer cursos livres em diferentes lugares do Brasil, mas esses 3 cursos foram muito especiais. Tivemos uma media de 100 alunos por curso, pessoas incríveis que vinham de experiências diferentes entre si. Alguns eram estudantes, outros jovens artistas. Havia também um grupo de admiradores da cultura japonesa, sem qualquer pretensão acadêmica. Esta diversidade acabou criando um clima extraordinário. Cada curso durou em média 2 meses. Muitas amizades começaram ali e até namoros e casamentos. Entre os alunos, muitos continuaram a amizade comigo e com alguns acabei desenvolvendo vários projetos. O artista Fernando Saiki, por exemplo, criou as capas de meus livros Leituras do corpo no Japão e Fabulações do corpo japonês. Rita Kohl tornou-se parceira de projetos como o programa de televisão gravado pela JBS que fizemos juntas sobre História da Dança no Japão. Muitos estudantes, mesmo pesquisando em outras universidades acabaram frequentando o Centro de Estudos Orientais. De certa forma, considero que esses cursos foram microativismos, pois inseminaram muitas ideias entre os alunos e em mim também. Abaixo, seguem as sinopses resumidas dos temas.  

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Artes do Corpo no Japão do Pós-Guerra (2005)

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O curso girou em torno das mudanças radicais que aconteceram após o período de ocupação americana no Japão (1945-1952). Conhecido como um dos momentos mais radicais das Artes do Corpo no Japão, agregou experiências diversas conhecidas como movimento angura (underground) e anti-arte. Muitas intervenções urbanas questionaram os espaços convencionais e as instituições de arte, como foi o caso do butô de Hijikata Tatsumi e das obras subversivas de Terayama Shûji.

 

 

As Artes Japonesas pós-1990: curto-circuito de identidades (2006)

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O curso abordou as mudanças importantes que marcaram a década de 1980 com o enriquecimento do Japão e o nascimento da chamada cultura pop, conhecida como J-Pop. Apresentamos as interlocuções com o pop americano e a emergência da chamada cultura otaku, enfatizando o Manifesto Superflat, proposto por Murakami Takashi em 2000 e as discussões que se sucederam a partir de então, tendo em vista as alianças entre arte e mercadoria.

 

 

Cinco Histórias e um segredo: as imagens do Japão fora do Japão (2007)

 

O terceiro e ultimo curso da série analisou o fluxo de imagens do Japão fora do Japão a partir da circulação de gravuras, filmes, romances, programas de TV e redes digitais. Apresentou algumas experiências midiáticas (Godzila, heróis de tokusatsu) e personagens célebres (do yellow peril às gueixas delicadas). Discutimos também até que ponto os debates sobre orientalismo dizem ou não respeito à (re) invenção do Japão desde o japonismo até a geração pós-internet.

 

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